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sábado, 2 de maio de 2015

imperialismo

O imperialismo no Século XIX

Charge: “A Torta Chinesa”, de Henri Meyer, publicada em 16 de janeiro de 1898 no Le Petit Journal, na França.


A partir da segunda metade do século XIX, as rivalidades entre as potências mundiais, sobretudo europeias, passaram a ser traduzidas em acirradas disputas nas mais variadas esferas. Abastecidas pela industrialização e enveredando pela era dos nacionalismos exacerbados, as potências trilharam, navegaram e se armaram na disputa por cada palmo de terra do planeta. Dentro das fronteiras europeias, contudo, havia relativa paz: frágil, a chamada “paz armada” se esvaiu em aço e sangue em 1914, com a eclosão da Primeira Guerra Mundial.
Na caricatura — o imperialismo no século XIX — estão representadas a Inglaterra, Alemanha, Rússia, França e o Japão (da esq. para dir.) repartindo a China (esta em desespero ao fundo). Os Estados Unidos, após a Guerra de Secessão (1861-1865), também partiram para suas conquistas, por meio de intervenções militares na Ásia e na América Central. O neocolonialismo agrilhoou milhões, enriqueceu os cofres das potências econômicas e abriu novos mercados consumidores por todo o planeta.
Um dos marcos sobre a nova forma de colonização ocorreu na recém-unificada Alemanha, quando a Conferência de Berlim (1884-1885) redefiniu as novas regras de partilha do continente africano entre as potências europeias: a África teve seu território rasgado e repartido entre estas. Na Ásia, a joia da coroa imperialista era a China e sua grandeza lhe custou caro: os europeus controlavam a maior parte dos portos chineses, destacando-se os de Hong-Kong, Xangai e Porto Arthur. A Oceania também foi agrilhoada no processo.
Na virada do século XX, mais da metade da superfície da Terra pertencia às potências. Sob o jugo destas e sofrendo os duros efeitos da neocolonização, considerável porcentagem da população mundial alimentou as indústrias imperialistas com matéria-prima e mão-de-obra baratas: este processo de expansão econômica igualmente veio a abrir novos mercados para o escoamento da produção das metrópoles.
O novo “surto colonialista” era diferente do empregado nos séculos anteriores: com os grandes mercados saturados, os empreendedores poderiam investir o excedente de capital nos territórios ultramarinos — expansão então considerada necessária para alimentar o desenvolvimento do sistema capitalista. O neocolonialismo muitas vezes também foi justificado com o questionável argumento de que as potências seriam responsáveis por levar o progresso científico aos recantos do globo destituídos das benesses oriundas das inovações tecnológicas e sociais então em andamento na Europa e na América do Norte.
No centro das atenções, encontrava-se a Europa, que vivia relativa paz dentro de suas fronteiras desde a queda de Napoleão, na Batalha de Waterloo (1815). Vários conflitos ocorreram ao longo do século XIX, mas nenhum generalizado e destruidor como os do passado.
Entretanto, os estandartes da era dos impérios eram levados a todos os cantos do globo em campanhas expansionistas. Após o período conhecido como Paz Armada (final do séc. XIX até 1914), era deflagrada, em 1914, a Primeira Guerra Mundial: por meio das armas, as “sociedades civilizadas” tentaram resolver suas diferenças.
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assinado:A.P

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